Jag Panzer – The Deviant Chord

Por Daniel Dutra | Fotos: Divulgação

Heavy metal, amigo leitor. Sem frescuras ou grandes malabarismos. É isso que você encontra no novo álbum do Jag Panzer, que felizmente repensou a aposentadoria e retomou as atividades contando com o retorno do guitarrista Joey Taffola ao lado de Harry Conklin (vocal), Mark Briody (guitarra), John Tetley (baixo) e Rikard Stjernquist (bateria). The Deviant Chord chama logo a atenção pela produção orgânica, bem anos 80, com um som de guitarra de tirar o chapéu. Ponto para a veterana banda, que completou o trabalho com dez músicas para agradar em cheio a quem curte rock pesado.

Eu falei que era um disco de heavy metal, certo? Ouça a ótima Blacklist, que bem poderia ser verbete do estilo, mas não deixe passar Born of the Flame e seus solos e melodias dobradas; Divine Intervention, com um refrão épico; Dare, um almanaque de grandes solos; a veloz Fire of Our Spirit; e Salacious Behaviour, que contagia desde o início com sua ‘drum intro’. E para dar uma quebrada, no bom sentido, escute a bonita Long Awaited Kiss, preste atenção no trabalho acústico da faixa-título e prepare-se para cantar sem parar Foggy Dew, tradicional canção irlandesa que tem tudo para se tornar um hino nos shows.


O texto foi escrito para a edição 226 da Roadie Crew, mas a avaliação do novo álbum do Jag Panzer já havia sido feita. Como neste mês de janeiro a revista, em sua edição 228, vem com a entrevista que fiz com Mark Briody, a resenha foi resgatada. Ah, sim: a nota atribuída ao CD foi 8,0.



2017 in review: os melhores discos do ano

A ideia é que Alta fidelidade seja a seção do Resenhando que funcione como uma coluna. E como o nome foi inspirado na obra de Nick Hornby, o primeiro post será um à la Rob Gordon (se você assistiu ao filme dirigido por Stephen Frears, estrelado por John Cusack e lançado em 2000) ou Rob Fleming (caso tenha ficado apenas no livro, de 1995).

Infelizmente, antes de mandar a minha lista de melhores de 2017 para a Roadie Crew, não consegui ouvir a tempo tudo o que eu queria – como, por exemplo, os novos trabalhos do Cavalera Conspiracy, Psychosis, e Moonspell, 1755. No entanto, não creio que haveria uma mudança significativa na seleção dos 20 discos que mais curti ano passado.

A lista com os dez melhores e mais alguns tópicos específicos está na edição 228, de janeiro, ao lado das escolhas de toda a equipe da revista. Mas deixo aqui, no mundo mágico da internet, o trabalho completo, todos os títulos, representados abaixo na galeria com as respectivas capas e no player do Spotify com cinco músicas de 19 dos 20 CDs, porque In the Passing Light of Day, do Pain of Salvation, não está disponível na plataforma de streaming – nenhum álbum da banda sueca está, na verdade.

Ah, as fotos… A que chama este post é do The Night Flight Orchestra, responsável por Amber Galactic, disco que mais me fez babar em 2017 – mas escute também os dois primeiros trabalhos do sexteto, Internal Affairs (2012) e Skyline Whispers (2015), e corra atrás da edição 224 da Roadie Crew, que foi às bancas em setembro. Tem uma entrevista bem bacana com o vocalista Björn “Speed” Strid.

E a imagem que abre este post é do Living Colour, banda uma das favoritas da casa. Não apenas porque Shade, sexto disco de inéditas da banda, está na lista, mas porque Will Calhoun (bateria), Corey Glover (vocal), Vernon Reid (guitarra) e Doug Wimbish (baixo) – na ordem da foto – compuseram, gravaram e lançaram a música mais bonita e arrepiante de 2017: Two Sides. ‘Play on, brother. Play on’.

Venom Inc.WarrantDream EvilJorn LandeArch EnemyAcceptBlack Country CommunionBrother FiretribeSons of ApolloTankardDeep PurpleBlack Star RidersMr. BigOverkillSepulturaRevolution SaintsIngloriousLiving ColourPain of SalvationThe Night Flight Orchestra